Crueldade

Polícia investiga se crime contra senegalês foi racial ou tentativa de latrocínio

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A investigação sobre o caso do senegalês de 25 anos que teve parte do corpo queimado no último sábado, na Avenida Rio Branco, em Santa Maria, ficará a cargo da Polícia Civil. Na manhã desta segunda-feira, o delegado regional Sandro Meinerz recebeu a ocorrência registrada na Polícia Federal e informações sobre a situação do jovem Cheikh Oumar Foutyou Diba no Brasil.

Pessoas juntam dinheiro para ajudar senegalês que teve corpo queimado

Conforme o delegado, há duas hipóteses para o caso por enquanto: a primeira, uma tentativa de latrocínio (ou seja, uma tentativa de morte com a intenção de roubar os pertences do jovem). A segunda hipótese estaria relacionada a um crime de cunho racial.

– Tudo indica que a primeira hipótese é a mais plausível até o momento. Vamos começar a procurar câmeras de segurança nas imediações do local do fato, falar com as pessoas que socorreram o jovem e, obviamente, o próprio jovem vai poder trazer informações se conhecia os autores ou não – explicou o delegado.

Luiz Antônio Araujo: carta a Cheikh

Conforme o grupo Direitos Humanos e Mobilidade Humana Internacional (Migraidh) – ligado ao curso de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) que está cuidando do senegalês e do caso – ele está sob os cuidados de uma família de Santa Maria e muito abalado com o fato.

– Neste momento, estamos tentando preservar o que ele nos disse sobre o fato. No futuro, ele mesmo poderá se manifestar. O que estamos buscando agora é cobrar das autoridades uma política de acolhimento para receber esses imigrantes em Santa Maria – disse Giuliana Redin, ao programa Timeline da Rádio Gaúcha na manhã desta segunda-feira.

Conforme a Polícia Civil, em 21 de outubro de 2013, Cheikh entrou com um pedido de refúgio no Conselho Nacional de Refugiados, em Caxias do Sul. Entretanto, o pedido foi negado. Ele entrou com um recurso e, neste momento, aguarda o resultado do pedido. O processo ainda está tramitando no Ministério da Justiça e, até a divulgação do resultado, o senegalês permanece em situação regular no Brasil.

Uma campanha aberta no site coletivo Vakinha para recolher ajuda financeira ao senegalês já arrecadou desde sábado R$ 2.580. Você pode ajudar aqui.

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